segunda-feira, março 01, 2004

Livingstone e a Mensagem na Garrafa

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Segundo "The Guardian", um dos hábitos do eminente explorador e médico missionário escocês David Livingstone (1813-1873) (além da sua arrogância para com os rivais exploradores e deixar o seu nome gravado nas árvores por onde passava) era o envio de mensagens em garrafas seladas. Livingstone, o primeiro europeu a empreender a travessia do grande Lago Tanganyika, descobriu para o mundo ocidental as monumentais cataratas de Victoria (Victoria Falls, entre a Zâmbia e o Zimbabwe) e embrenhou-se pela África negra profunda, na busca da lendária nascente do Nilo, mas morreu antes de atingir o seu objectivo.

História de uma Garrafa e seus Donos
A mensagem foi deixada na garrafa por Livingstone na foz do rio Zambeze em Maio de 1859, após uma infrutífera semana de espera por navios ingleses para o recolher. Nesta carta, o explorador informa que vários membros da expedição sofrem de graves febres, pedindo o envio urgente de provisões e noticiando a subida do rio Zambesi e descoberta do Lago Shirwa (Moçambique).

A garrafa acabaria por ser encontrada por um navio-patrulha da "Royal Navy" algum tempo depois e foi vendida a Sir James Donnet, um cirurgião de bordo, tendo sido vendida posteriomente por um descendente seu num leilão em Nova Iorque em 1957. Foi adquirida por um coleccionador inglês Quentin Keynes (curiosamente, um bisneto de Charles Darwin), que também visitara o Zambeze, onde encontrou as iniciais de Livingstone gravadas numa árvore.

Relíquia Valiosa
No próximo mês de Abril, a "Christie's" de Londres irá leiloar de novo esta relíquia, cuja expectativa de venda ronda as 20.000 Libras (30.000 Euros).

A mensagem será vendida juntamente com outro documento assinado por Livingstone e Sir Henry Morton Stanley, o jornalista americano enviado a África para descobrir o explorador, tendo sido autor da célebre frase proferida quando do encontro de ambos no meio da selva africana: "Mr Livingstone, I presume?"...

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